sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pigarro

Na rua a arte feita à lata
Do pássaro que passou e hoje não passa
Não passa de imaginação, ó pensamento.
Cortado pela visão que foi viés e está interditado

Da arvore, paisagem anterior a mim.
Restaram os filhos sinistros
Magros e altos de cabelos a todos os lados
E iluminam as ruas, casas e nossos filhos.

Os seres que nos traziam a sombra
Após correr ao sol e deixar a cabeça tonta
São hoje monumentos que nos trazem luz
Com um imposto posto sobre um preço bem pra lá de fazer jus

Vamos a marte lá são outras árvores
Corramos pra marte mutar aquelas aves
Iremos a outro planeta, recriar o papel, manchar com outra caneta

Não sei se o escrito é correto e está certo
Mas com nossos atos estou certo de que essa é a poesia do novo século.

Deixa eu lhe dizer

Os dias são todos os mesmos
Manhã, Tarde, Chuva e noite.
A doença que hoje tenho
Muito antigamente era vista como felicidade
Hoje traz insanidade
Os vícios que hoje tenho nada têm haver com meu estado
A tosse, a respiração, fui roubado, eu não joguei fora.
Ou todos pensam que desperdiçaria minha fonte de gozo?
Na cabeça, sim, cachola, tudo muda muito rápido.
Não, eu não vou me pronunciar
Eu não vou me denunciar
Quem eu sou não se diz
Quem eu realmente sou, quando tocado, soa
E o que eu disse ontem se diluiu, dilui e sempre diluirá.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Amanhãs

E então anoiteceu
Meu semblante desfaleceu
Minha alegria se desfez
A felicidade diluiu
O samba não fazia sentido
No final da festa não havia o amigo
Voltei pra casa, sempre voltei sozinho.
Pra lá das quatro as estrelas já sumiam
E com isso eu descobria
Que a noite prostituída de ontem
Daria a luz a um belo dia.

Repensando

Mas eu que sou pura alma em amor
Não me engano assim a esmo
Estando em dor fico cá comigo mesmo

Dor menor

Quando ver que estou sol
Deixa-me cair em mi
Mas por favor, não me tenha dó.